A informadora de Lindsey Davis

Sinopse

Roma, ano 89 DC. As regras ditam que uma mulher deve ser submissa e modesta. Não deve levantar a voz, vestir roupas extravagantes, sair à noite, beber ou desafiar a autoridade… e muito menos envolver-se em assuntos criminais.

Flávia Albia contraria todas estas normas (e mais algumas). Vive sozinha na zona boémia de Roma, cultiva amizades pouco recomendáveis e não se coíbe de lutar pelos seus direitos. Filha de um detetive, Flávia decidiu desde cedo seguir os passos do pai. Mas a investigação é uma profissão masculina. Para ser respeitada, ela sabe que terá de ser a mais rápida, a mais perspicaz, a melhor.

Flávia é a única a reparar que o número de mortes inexplicáveis tem vindo a aumentar na cidade. Por não terem ligação entre si nem indícios de violência, não levantaram suspeitas. As denúncias de Flávia são ignoradas pelas autoridades, que estão demasiado ocupadas com a organização dos Jogos de Ceres, o momento alto do ano. E até mesmo a própria Flávia, distraída com a perspetiva de um novo romance, não vê que a morte está demasiado perto de casa…

Opinião

Albia, como lhe chamam os amigos, é uma informadora (nos tempos modernos são investigadores). Esta profissão é estritamente masculina mas Albia consegue enfrentar a sociedade.

Os assassinatos começam quando uma criança é atropelada e morre, como último recurso, Albia é contratada. Logo após esta tragédia começa a haver algumas mortes súbitas e é Albia que dá conta desta anomalia e começa a investigar. No decorrer das investigações conhece Andrónico um homem que tem tanto de encantador como de egoísta e manipulador que está sempre pronto para fofocar. Depois temos Tibério, o mensageiro do edil (o edil é um cargo politico, muito importante), um homem rude e sem maneiras mas que quer descobrir quem anda a matar pessoas.

Entre o namorico com Andrónico, as mortes sem explicação (5 no total) e as investigação, Albia acaba por entrar na mira do assassino quando finalmente descobre quem é.

Eu cometi o erro de ler as notas da autora antes de começar a ler o livro e descobri qual o método utilizado pelo assassino. Parece que este método era realmente utilizado na Grécia antiga e muitas pessoas morreram assim. Talvez este facto me tenha ajudado a que as minhas suspeitas tivessem recaído sobre a pessoa certa e descobri com bastante antecedência quem era o assassino. Basta seguir os concelhos da pessoa certa e é fácil descobrir o assassino. A verdadeira surpresa é Mânlio Fausto, o edil. Embora se fale dele desde o início do livro só no fim é que se descobre quem é. Eu também estava desconfiada sobre quem seria o edil mas achei a situação impossível ou pelo menos bastante improvável de acontecer mas parece que a autora não achou o mesmo.

Neste livro encontramos alguns mistérios, algum romance, muitos segredos que serão revelados e perseguições. Albia é uma mulher madura, independente (apesar de viver num mundo onde os homens é que mandam) e forte. Adorei a personalidade de Albia e de como ela lida com as diversas situações.

Classificação:Muito Bom