30 de janeiro de 2015

Livros fraude

Quando estava a ver as notícias na Internet deparei-me com um artigo que chamou a minha atenção e me deixou indignada. O artigo fala de livros que foram editados como sendo verídicos mas descobriu-se que são uma fraude. O artigo foi  escrito por Isabel Lacerda para a Domingo (se não estou enganada). Para saberem mais pormenores sobre os livros e ver o artigo click aqui.

Muitas pessoas gostam e compram livros que são considerados fatos reais ou no mínimo inspirados em acontecimentos reais (eu sou uma delas). O artigo fala sobre alguns desses livros que tiveram milhões de vendas e passados vários anos descobriu-se que afinal os autores tinham mentido e inventado parte ou a totalidade dos fatos narrados.
Num dos casos foram os próprios autores que revelaram a mentira mas na maior parte das vezes só são descobertos porque investigadores descobrem as inconsistências na história.
O pior é que, por vezes, somos duplamente enganos. Primeiro lê-mos o livro e depois ainda fazem o filme inspirado no livro.

Enquanto leitora sentiria-me revoltada e enganada caso tivesse lido algum dos livros referidos. Quando compro algo gosto de saber o que compro e quando estou a ler um livro com fatos verídicos espero que isso seja verdade, caso contrário comprava um livro de ficção ou de fantasia.

Por acaso não li nenhum dos livros referidos no artigo mas como sou uma apreciadora deste género de livros posso já ter lido outras fraudes que ainda não foram reveladas. Este fato é sempre uma incógnita, nunca se sabe a certeza apenas podemos confiar nos autores e na sua honestidade.

Devem estar a perguntar-se porque leio este género de livros?
Eu respondo. Leio porque posso ter a perspetiva de algo que as pessoas apenas podem especular (nos casos de quase morte e pessoas que dizem ter visto o céu),  conheço pessoas reais e a sua história de vida (no caso de testemunhos de violência, agressões, raptos, etc).
É claro que não acredito em tudo o que leio. Se num livro diz que estiveram a falar pessoalmente com Deus ou com Anjos tenho dificuldades em acreditar mas fico sempre a perguntar-me: Será verdade? E se fosse  mudaria alguma coisa na minha vida?

E vocês gostam de ler livros deste género?
O que acham dos livros deste género?

26 de janeiro de 2015

Minha Querida Inês de Margarida Rebelo Pinto


Dizem que à “terceira é de vez” mas desta vez enganaram-se. Este é o terceiro livro que leio desta autora, e embora tenha gostado (mais do que dos outros) ainda “não me encheu as medidas”. Eu tenho lido esta autora porque são livros da biblioteca. Caso contrário ainda não teria lido nenhum livro da autora.

Todos nós conhecemos a história trágica de D. Pedro e de D. Inês. Esta é uma das minhas histórias favoritas (ou era antes deste livro) sobre Portugal embora quando se fala em Pedro e Inês me esqueço disso e dou mais importância ao amor impossível deles. O que posso dizer? Sou uma romântica incorrigível.

Este livro diz respeito aos últimos dias de vida de Dona Inês (mais precisamente aos últimos 7 dias). É Dona Inês que nos conta, na primeira pessoa, todas as suas preocupações, medos, inseguranças, opiniões e sentimentos.

[Spoiler: Mas o livro foi um desapontamento porque o encanto do amor impossível foi destruído ao deparar-me com um D. Pedro homossexual que não se casou com D. Inês apenas para enfrentar o pai.
Será que Pedro amava realmente Inês? Foi a pergunta que me fiz no final do livro.]

O que mais me surpreendeu foi o texto de teor sexual (não estava à espera) porque nos outros livros, da autora,  as referencias a sexo eram muito leves, quase inexistentes.

Estive quase para dar 2 estrela e não consigo decidir se dei 3 estrelas porque realmente gostei do livro ou porque gosto da história e me deixei envolver.

Classificação: 3 estrelas

24 de janeiro de 2015

TAG - Os meus hábitos de leitura

Esta TAG foi criada pelo canal TheBookJazz e vi no blogue  da Isaura Pereira, http://jardimdemilhistorias.blogspot.pt/.

1. Quando é que lês? De manhã, à tarde ou à noite?
Normalmente leio antes de dormir. Só se estiver num local onde sei que vou demorar (hospital) é que levo um livro comigo.

2. Lês um livro de cada vez?
Não. Como requisito livros na biblioteca primeiro leio-os e só depois é que leio o meu. Por vezes tenho de deixar o meu e ler o da biblioteca e depois voltar ao meu.

3. Qual o teu lugar preferido para ler?
Na cama, antes de ir dormir.

4. O que é que fazes primeiro: lês o livro ou vês o filme?
Leio o livro. Já tem acontecido começar a gostar do filme e deixa-lo de ver para ler primeiro o livros e depois ver o filme completo.

5. Qual o formato de livro que preferes?
Até agora tenho lido livros físicos. Mas reconheço as vantagens do formato digital.

6. Tens algum hábito exclusivo ao ler?
Gosto de estar em silêncio. Apenas eu e o livro, sem conversas nem barulho.

7. As capas de uma série têm que combinar ou não importa?
Odeio quando as capas não são iguais. Se a série é muito boa continuo mas já tem acontecido perder o interesse.

20 de janeiro de 2015

Beijo de Jill Mansell

As 3 mulheres não podiam ser mais diferentes. Izzy está sempre pronta para se divertir, só vê as coisas boas e mais parece uma adolescente. Já Katerine (é o oposto da mãe) está sempre a estudar e é a responsável. E por último temos Gina, uma mulher amargurada que não consegue seguir em frente desde que o marido pediu o divórcio.

 

Embora o livro contenha vários momentos de boas disposição, o mais divertido em todo o livro, a meu ver, foi quando Izzy e Sam se conheceram. Para mim, esse foi o grande momento. E é claro que Sam e Izzy estão sempre em pé de guerra. Os despiques proporcionaram alguns bons momentos e tornam essas ocasiões adoráveis e divertidas.

 

Tenho de confessar que as expetativas para este livro eram altas e fiquei um bocadinho dececionada. Quando comecei a ler pensei que ia amar o livro. Não me interpretem mal, eu adorei a história, este é o género de livros que gosto (divertidos).

 

Talvez o fato de ter feito uma pausa na leitura tenha estragado a narrativa ou talvez o fato de ter as expetativas demasiado elevadas. A verdade é que este livro tinha tudo para eu o amar mas houve alguma coisa que falhou.

 

Este é um livro divertido e de leitura rápida.

Classificação: 3 estrelas

12 de janeiro de 2015

Mão morta: Um crime em Calcutá de Paul Theroux


Pode conter Spoiler

Este é um daqueles livros que não me surpreendeu mas conseguiu irritar-me.

A primeira coisa que me irritou foi a mudança de opinião sobre Merrill, para não falar que em determinado momento diz que está apaixonado e passado poucas páginas já não está e depois volta a estar.
A primeira impressão de Jerry sobre  Merrill foi que ela era presunçosa e assim que a vê muda imediatamente de opinião e considera-a talentosa (é claro que isso tem a ver com as massagens tântrícas que ela lhe faz por diversas vezes) e depois muda de ideias e volta a mudar.
Outra das coisas que me  irrita é que Jerry faz tudo o que Merrill lhe pede sendo praticamente seu escravo. Merrill é o centro de tudo, é quem orienta e manipula Jerry. É quem “mexe os pauzinhos” para que todos façam o que pretende. Outra coisa irritante é que o livro devia ser sobre obter as respostas ás perguntas: quem era a vitima, porque deixaram uma criança morta no hotel, porquê aquele quarto, quem é o assassino. Mas Jerry passa mais tempo com  Merrill e a tentar agradar-lhe do que a descobrir o que se passou no hotel. Na verdade, as provas veem ter com Jerry e ele nem precisa de as procurar.

O que mais gostei foi de ficar a saber um pouco mais sobre a Índia. Aprendi algumas palavras indianas e o livro também aborda alguns problemas sociais e é apresentada uma Índia pobre onde existe exploração infantil. O autor não faz floreios nem tenta justificar o porquê de ser assim.

Uma das coisas que não percebi foi quando um escritor chamado Paul Theroux se encontrou com Jerry e lhe  pediu informações sobre Merrill. Este encontro não influenciou em nada a história e se tirasse os parágrafos referentes ao encontro a narrativa prosseguia sem qualquer alteração.

Esta opinião é bastante negativa mas achei o livro muito medíocre e as respostas às perguntas (que eu fiz) são aceitáveis mas não impressionantes ou criativas. A resolução dos mistérios e o próprio final foram muito fraquinhos.
Nunca poderia dar uma opinião positiva quando não gostei do livro.
 
Classificação: 2 estrelas

3 de janeiro de 2015

O Reino - Honra, coragem e glória de José Manuel Marques



Esta é a história de como o infante Afonso Henriques se torna o primeiro rei de Portugal e de como o Condado Portucalense se torna no Reino de Portugal.
A história vai desde o cerco de S. Mamede até à morte de D. Afonso Henriques.
Mas acima de tudo é a história de como Afonso Henriques tenta cumprir o pacto secreto que seu pai (D. Henriques) fez com o seu tio (D. Raimundo).

Finalmente encontro um livro que dá destaque a Viseu, aleluia. Isto é algo que nunca vos disse mas eu moro numa aldeia que pertence ao distrito de Viseu.
Adorei este livro. Primeiro é importante saber mais sobre o nosso passado em segundo Afonso Henriques visita Viseu e é-lhe dado algum destaque. É claro que também são referidas outras cidades como Leiria, Guimarães e fiquei a saber que antes Évora se chamava Yeborath, Al-Bash era Elvas e são referidas muitas outras cidades.

O que mais detestei foi o fato de abordar demasiado os detalhes políticos e religiosos. Isto porque ou estavam em guerra ou estavam a preparar-se para a batalha. Talvez se aproveite apenas uma ou duas páginas, em todo o livro, não relacionadas com a política. Gostava de ter visto abordada a parte social daquela época, queria saber mais detalhes da vida pessoal e amorosa do rei.

Uma das coisas que mais gostei foi que nos diálogos as personagens falavam português medieval se fossem portugueses e se fossem personagens espanholas falavam castelhano/galego. Além disso é hilariante imaginar D. Afonso Henriques dizer:
- Nem Coimbra, nem Viseu, a terra onde fui parido, serám de novo volvidas ós mouros.” ou “- Iremos a vencê-los para que eiqui nom mais volvam a fager dano.”
Também achei graça às expressões: merdimbuqueiro (cobarde) e filhar (roubar).

Há outra coisa que chamou à minha atenção. O autor introduz o Santo Graal e diz que Portugal significa  “Porto do Graal” ou “Abrigo do Graal” .

Aprendi e relembrei muitas coisas sobre a história de Portugal e tenho um novo olhar sobre a vida  de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal.

Algumas das figuras históricas que aparecem para além de D. Affonso Heinriques (Afonso Henriques) são: João Peculiar, arcebispo Pio Mendes, Egas Moniz, D. Tareja (D. Teresa), Fernão de Trava, D. Mafalda de Sabóia, D. Sancho, Chamoa Gomes, etc.

Estou a aprender a gostar de romances históricos. Até aqui não tenho lido muito este género mas quero começar a dedicar mais tempo a este tipo de livros, principalmente se falarem de Portugal.

Classificação: 3 estrelas

2 de janeiro de 2015

Objetivos 2015

Olá,

Finalmente chegamos a 2015 e deixamos para trás 2014.
Este novo ano trás esperanças de uma vida melhor. Mais trabalho, um novo amor (para quem ainda não encontrou “o tal” ou “a tal”), saúde para nós e para os nossos familiares e amigos. Resumidamente o  que peço todos os dias é para ser feliz.

Sempre que um ano está para começar fico nostálgica a pensar o que podia ter feito de melhor durante o ano que passou e o que quero mudar no novo ano. Nestas últimas semanas pensei e cheguei a algumas conclusões.
Tenho alguns objetivos tanto a nível pessoal como a nível literário.

Apenas vou contar os meus objetivos literários.
1º Gastar menos dinheiro em livros – Vou ter de aproveitar mais promoções e comprar mais livros em segunda mão;
2º Ler pelo menos 2 clássicos durante o ano – Isto porque não leio um clássico há bastante tempo. Pensei em ler “Orgulho e Preconceito” de Jane Austen e “O Retrato de Dorian Gray” de Oscar Wilde mas ainda vou pensar melhor;
3º Ler alguns livros que queria muito ler em 2015 mas como não os encontrei a um preço acessível foram ficando para trás.

Como aproveitei várias promoções de Natal e ofereci a mim própria vários livros, só a partir de Fevereiro ou Março é que vou voltar a comprar, primeiro tenho de ler os que comprei. Eu não gosto de ter uma pilha de livros por ler.
Eu sempre quis ter uma biblioteca em casa mas acima de tudo quero conhecer novos mundos, ter várias aventuras e tornar-me um bocadinho mais sábia a cada livro que leio. Não me interessa ter milhares de livros por ler nas estantes poeirentas. Prefiro ter meia dúzia de livros bem estimados e saber sobre o tema que abordam ou pelo menos ter uma vaga ideia do que falam.

Sei que estou a divagar mas como disse sinto-me nostálgica e tenho dezenas de planos para 2015, alguns dos quais para o blog.

Resta-me desejar-vos um Bom Ano cheio de boas leituras e muitos momentos de felicidade.

Bjos